sábado, 1 de dezembro de 2012

tem alguém aí?

fiz um blog novo, com relatos de algo que tenho passado. não sei se alguém ainda entra aqui, mas caso entre, fica aí o convite: http://arrowthroughme.blogspot.com.br/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Caminhando meu caminho


não me peça que eu lhe faça
uma canção como se deve
correta, branca, suave
muito limpa, muito leve -
sons, palavras, são navalhas
e eu não posso cantar como convém
sem querer ferir ninguém

mas não se preocupe, meu amigo
com os horrores que eu lhe digo:
isso é somente uma canção,
a vida realmente é diferente
quer dizer,
a vida é muito pior

(Belchior)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

"ela tinha o teu hálito, e uma maldade infantil nos ombros"

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Te dizer adeus, sem por que, mais uma vez

Vou passar a minha vida sentindo sua falta.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Inverno de 2008

"(...) Em umas destas tentativas de me reencontrar, resolvi comprar uma caneca nova para o meu café, e quando cheguei em casa haviam duas dentro da caixa. Preparo o teu café todos os dias, ainda que você não goste de café. Me arrumo como se você fosse chegar, corro toda as vezes que o telefone toca e quase cuspo meu coração sempre que vejo alguém parecido contigo na rua. Não consigo mais manter uma conversa com ninguém daqui. Aonde eu fui parar, meu Deus? Sou agora uma turista dentro da minha própria cidade e uma estranha dentro da minha própria casa, nada aqui mais me pertence."

meu amor não te faz sagrado

nem nossas fotos,
nem o manto inquebrável que joguei sobre você,
nem tua cidade,
nem essa roda de pessoas que te colocam em pedestais cada vez mais altos,
nem tua música, nem teu sorriso, nem tua mãe,
e, tão doloridamente, nem esse meu maldito apego às lembranças.


nem Deus te faria sagrado, meu querido.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Foda-se você

O amor não é para amadores.


nada de meu nesse lugar
a cidade vai pensar
que nada aconteceu em vão
você vai me ligar, então
mais uma vez

quinta-feira, 24 de março de 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

O amor comeu meu Estado e minha cidade

João Cabral de Melo Neto

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos. (...)
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água. (...)
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

calma, minha alma

E como é que pode uma pessoa que entende tanto as palavras não saber escolher meia dúzia delas pra me dizer?