sábado, 30 de janeiro de 2010

assisti a uma conversa com Deus

i'm so tired
i don't know what to do,
i'm so tired
my mind is set on you.

i wonder should i call you
but i know what you would do...

you'd say i'm putting you on
but it's no joke,

it's doing me harm
you know i can't sleep,

i can't stop my brain,
you know it's three weeks,

i'm going insane
you know i'd give you everything i've got
for a little peace of mind.

i'm so tired,
i'm feeling so upset

although i'm so tired,
i'll have another cigarette.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Clareou.

Amanheceu por dentro de por fora, o dia veio. A brisa ainda é leve. O sol chega, seca as lágrimas, aquece o que a noite esfriou, te carrega pra lá. Vai por dentro, vai voando que teu peso fica aqui, leva apenas este corpo que não te obedece, os sentimentos escondidos nele, seu desespero visceral. Sem ninguém, sem mais ninguém, porque não existe ninguém, porque nunca houve ninguém e isso tudo é fantasia. É sonho e você ainda dorme, se cobre por inteiro feito criança com medo do escuro, sua mãe fugiu de casa, não deixou nenhum carinho em cima da mesa. Meu amor, corre porque viver dói. Foge enquanto tudo ainda é muito branco pra mim, enquanto o café é quente e enquanto a chuva não vem.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Por enquanto

Estamos todos cansados, você sabe. Começamos a contar o tempo a partir do mesmo momento, todos nós, e você sabe que não foi ontem. Tudo o que precisamos é dormir um pouco mais.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

my dear

you and me were meant to be for each other, silly girl.

sábado, 16 de janeiro de 2010

nota sobre amor

de tanto querer ser touro, do chifrudo só levei os cornos.

me fiz em mil pedaços
pra você juntar.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

aqueles olhos aflitos.

caio f.

(...) tudo ficara muito confuso, idéias misturadas, tremores, água de chuva e lama e conhaque no meu corpo sujo gasto exausto batendo feito louco naquela porta que não abria, era tudo um engano, eu continuava batendo e continuava chovendo sem parar, mas eu não ia mais indo por dentro da chuva, pelo meio da cidade, eu só estava parado naquela porta fazia muito tempo, depois do ponto, tão escuro agora que eu não conseguiria nunca mais encontrar o caminho de volta, nem tentar outra coisa, outra ação, outro gesto além de continuar batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo nesta porta que não abre nunca.

domingo, 10 de janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

domingo, 3 de janeiro de 2010

Para não esquecer

Sabe Deus o que deveria eu fazer para me livrar de todas estas nuvens carregadas que pesam mais do que suporta meu peito. Que a distância que me invade não torne a espera insuportável e nem tinja de preto a saudade tão colorida que me move por dentro deste tempo de espera, de lentidão. É doce a companhia do silêncio e de tudo o mais que permite ao pensamento diminuir tudo o que me separa do que vem de longe, porque o que não posso segurar nas mãos é meu, é tudo o que jamais me será arrancado. Quando você deixou de me amar, aprendi a perdoar e a pedir perdão; aprendi também a não por a culpa do que não está errado no pânico de querer ser certo. Foi o Desespero quem me ensinou a estar calma, e não precisei de toda aquela força que tanto me esforcei para acumular. O sacrifício vão custou caro demais à minha sensibilidade tão frágil, tão absurda. Cantei sobre amores perdidos, sobre ser só, sobre a falta de fé e sobre o dolorido de ser o esquerdo. De solidão morri e cheguei ao inferno mais de sete vezes, com um abraço ou um berro. Nem sempre quis estampar na testa a tristeza, mas o visível é esperto e poderoso. O fundo dos olhos diz, baixinho como um sussurro, que já não suporto mais o estupor, que me cansei, que ultrapassei o intolerável mas que mais do que nunca agora posso caminhar em paz. As cicatrizes são muitas, mas não são variadas – são todas iguais até que se prove que existe outra dor. Se corro pelo meio e sem ninguém por perto é porque não tenho onde me apoiar, e alcancei então o equilíbrio que me fazia falta quando a corda bamba balançava e eu só conseguia estagnar e sentir medo sentir medo sentir medo. Sonhava e não sabia o que fazer com as mãos, tremia e ordenava a mim mesma que não mais sentisse que o espaço não me quer, que só existe um corpo onde eu possa morar e que tudo acaba onde chega o final. Não posso mais desejar que a felicidade que não veio a mim não venha a mais ninguém, não devo mais me permitir sentir a inveja que tanto corroeu meu estômago por dentro volte quando quiser. Compreende, meu amor? Compreende agora por que fui obrigada a renunciar à minha vontade de não desistir? Que minha loucura não seja capaz de me impedir os olhos de enxergar que o mundo nunca precisou de mim. Fatalmente passará, passarão. Eu, tu, eles e todos mais que ainda vão chegar. Foi a vontade de ficar que me fez ir embora, porque não posso permanecer se não for para curar feridas, e as tuas nunca quiseram minha ajuda. Vou para o que me chega primeiro, para onde não preciso pedir licença para entrar, para de onde vem o socorro. Bombas-relógio se grudando em mim como tatuagem e eu prestes a explodir pelo que nasceu fora de mim a qualquer momento, ninguém nota como qualquer instante pode ser o último, a não ser eu.