quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Clareou.
Amanheceu por dentro de por fora, o dia veio. A brisa ainda é leve. O sol chega, seca as lágrimas, aquece o que a noite esfriou, te carrega pra lá. Vai por dentro, vai voando que teu peso fica aqui, leva apenas este corpo que não te obedece, os sentimentos escondidos nele, seu desespero visceral. Sem ninguém, sem mais ninguém, porque não existe ninguém, porque nunca houve ninguém e isso tudo é fantasia. É sonho e você ainda dorme, se cobre por inteiro feito criança com medo do escuro, sua mãe fugiu de casa, não deixou nenhum carinho em cima da mesa. Meu amor, corre porque viver dói. Foge enquanto tudo ainda é muito branco pra mim, enquanto o café é quente e enquanto a chuva não vem.
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