quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
hey, menina branca...
eu prefiro deitar no teu peito acelerado quando eu sou a única coisa que faz teu coração bater mais forte.
everytime i see you falling
i get down on my knees and pray.
everytime i see you falling
i get down on my knees and pray.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
corpo & mente (exaustos)
A última vez em que vi Deus, contei a ele sobre você. Pedi ajuda, se bem me lembro. Não nasci pra isso, Senhor, não nasci. Não me encaixo dentro disso: encurto meus lados, comprimo a largura, a altura, espremo minhas arestas, só mais um pouquinho; não - não caibo aqui.
O silêncio.
A única coisa que sei e em que consigo pensar é que para mim sempre vai ser como se nenhuma puta tivesse encostado as mãos no teu corpo frágil.
O silêncio.
A única coisa que sei e em que consigo pensar é que para mim sempre vai ser como se nenhuma puta tivesse encostado as mãos no teu corpo frágil.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
a cidade vista de cima.
somos todos donos de um infinito tão delicado...
carregamos nas mãos uma grandeza que jamais conseguiremos mensurar. tão pequena quando ignorada, olhada sem atenção, tão frágil. podemos com pouca força estilhaçar com qualquer história n'um milésimo de segundo. é uma pena que não saibamos o que fazer com toda a riqueza que nos foi dada.
carregamos nas mãos uma grandeza que jamais conseguiremos mensurar. tão pequena quando ignorada, olhada sem atenção, tão frágil. podemos com pouca força estilhaçar com qualquer história n'um milésimo de segundo. é uma pena que não saibamos o que fazer com toda a riqueza que nos foi dada.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
"Toda literatura é uma espécie de fraude"
Mais do que por exigir o eterno do perecível, mais loucos ainda somos de acreditar que todas as tentativas de explicar o inexplicável vão nos salvar da fatal solidão a que estamos todos irremediavelmente fadados.
Acontece mais freqüentemente quando faz um calor como este que faz hoje, tenho reparado nos últimos meses. Tenho pressão baixa, dear reader, e até banho frio tomei para evitar o desmaio, mas parece não adiantar. Meus olhos saltam da cara para reparar em detalhes que (possivelmente) vejo todos os dias, mas nunca enxergo, com mais força em dias assim. Talvez as cores que ficam mais turvas com o vapor que sobe do asfalto enquanto troco pensamentos matinais por injúrias mau-humoradas, não sei. Os livros sempre dizem que não se pode separar olhos de coração, olhos de mente, e começo a acreditar que é verdade não só porque acredito cegamente em meus escritores, mas porque ando sentindo na pele. Como atravessar com tamanha violência a matéria de tudo que encosto sem que isso ocorra com o mesmo ímpeto com meus sentimentos? O ciclo seco, sweetheart, o ciclo seco. As ações involuntárias e voltadas exclusivamente para dentro, inseparáveis do que toco e enxergo. Paredes pixadas, muros e ruas imundos, pessoas enclausuradas dentro de si mesmas e tudo o mais que se vê por aí a cada hora, a cada passo; percebo que minha São Paulo e eu somos necessariamente indissociáveis, e não digo isso levando em conta minhas pequenas explosões de paixão que descubro por este lugar a cada dia, mas levando em conta todos os aspectos ruins, insuportáveis, de tudo o que me cerca: a temperatura constantemente absurda, o cheiro de mijo por qualquer canto em que boto os pés, a falta de simpatia, a pressa demasiado enlouquecedora, o caos do trânsito, a calamidade pública, a lei do atrolho que não deixa que nós, fieis e perseverantes, fiquemos em paz por um só dia sequer. Traços que venho absorvendo com o passar dos anos desde que nasci, e que não são mais tão poucos assim, compreende? Por mais que não consiga me sentir parte desta esfera, como posso pensar em viver em outro lugar com sinais tão marcantes e irreparáveis desta cidade em mim? Que outro espaço no mundo me aceitaria tão fervorosamente pau-lis-ta-na? Não me refiro ao que se pode ver, mas à essência. Ofuscante essência quieta e calada que consome minhas horas, joga sal nas feridas abertas da minha saudade, de sabor tão intragável. Existe sempre alguma coisa ausente.
Home is where heart is, eu sei. Mas acontece que tenho muitas casas... e sou uma só.
(13/01/2009)
Acontece mais freqüentemente quando faz um calor como este que faz hoje, tenho reparado nos últimos meses. Tenho pressão baixa, dear reader, e até banho frio tomei para evitar o desmaio, mas parece não adiantar. Meus olhos saltam da cara para reparar em detalhes que (possivelmente) vejo todos os dias, mas nunca enxergo, com mais força em dias assim. Talvez as cores que ficam mais turvas com o vapor que sobe do asfalto enquanto troco pensamentos matinais por injúrias mau-humoradas, não sei. Os livros sempre dizem que não se pode separar olhos de coração, olhos de mente, e começo a acreditar que é verdade não só porque acredito cegamente em meus escritores, mas porque ando sentindo na pele. Como atravessar com tamanha violência a matéria de tudo que encosto sem que isso ocorra com o mesmo ímpeto com meus sentimentos? O ciclo seco, sweetheart, o ciclo seco. As ações involuntárias e voltadas exclusivamente para dentro, inseparáveis do que toco e enxergo. Paredes pixadas, muros e ruas imundos, pessoas enclausuradas dentro de si mesmas e tudo o mais que se vê por aí a cada hora, a cada passo; percebo que minha São Paulo e eu somos necessariamente indissociáveis, e não digo isso levando em conta minhas pequenas explosões de paixão que descubro por este lugar a cada dia, mas levando em conta todos os aspectos ruins, insuportáveis, de tudo o que me cerca: a temperatura constantemente absurda, o cheiro de mijo por qualquer canto em que boto os pés, a falta de simpatia, a pressa demasiado enlouquecedora, o caos do trânsito, a calamidade pública, a lei do atrolho que não deixa que nós, fieis e perseverantes, fiquemos em paz por um só dia sequer. Traços que venho absorvendo com o passar dos anos desde que nasci, e que não são mais tão poucos assim, compreende? Por mais que não consiga me sentir parte desta esfera, como posso pensar em viver em outro lugar com sinais tão marcantes e irreparáveis desta cidade em mim? Que outro espaço no mundo me aceitaria tão fervorosamente pau-lis-ta-na? Não me refiro ao que se pode ver, mas à essência. Ofuscante essência quieta e calada que consome minhas horas, joga sal nas feridas abertas da minha saudade, de sabor tão intragável. Existe sempre alguma coisa ausente.
Home is where heart is, eu sei. Mas acontece que tenho muitas casas... e sou uma só.
(13/01/2009)
insustentável felicidade
um dia acordei e decidi que me apaixonaria por você. fácil assim, e tão honesto quanto nunca havia sido antes - te falei sobre segredos de amor que não se deve contar nem ao travesseiro e fui sincera como apenas são os bêbados e as crianças. olhei para o lado e te vi chegar, repetindo que tinha medo que tinha medo que tinha medo, mas sorria...
é tão bom te abraçar, te ver acordando, te ver rindo, estar com você, ouvir sua voz.
é tão bom te abraçar, te ver acordando, te ver rindo, estar com você, ouvir sua voz.
Assinar:
Postagens (Atom)