e no escritório em que eu trabalho
e fico rico, quanto mais eu multiplico
diminui o meu amor
em cada luz de mercúrio
vejo a luz do teu olhar
passas praças, viadutos
nem te lembras de voltar, de voltar, de voltar...
no Corcovado, quem abre os braços sou eu
Copacabana, esta semana o mar sou eu
como é perversa a juventude do meu coração
que só entende o que é cruel, o que é paixão
e as paralelas dos pneus n'água das ruas
são duas estradas nuas
em que foges do que é teu
abro a vidraça e grito, grito quando o carro passa
teu infinito sou eu, sou eu, sou eu, sou eu...
(Paralelas - Belchior)