quinta-feira, 2 de junho de 2011
Inverno de 2008
"(...) Em umas destas tentativas de me reencontrar, resolvi comprar uma caneca nova para o meu café, e quando cheguei em casa haviam duas dentro da caixa. Preparo o teu café todos os dias, ainda que você não goste de café. Me arrumo como se você fosse chegar, corro toda as vezes que o telefone toca e quase cuspo meu coração sempre que vejo alguém parecido contigo na rua. Não consigo mais manter uma conversa com ninguém daqui. Aonde eu fui parar, meu Deus? Sou agora uma turista dentro da minha própria cidade e uma estranha dentro da minha própria casa, nada aqui mais me pertence."
meu amor não te faz sagrado
nem nossas fotos,
nem o manto inquebrável que joguei sobre você,
nem tua cidade,
nem essa roda de pessoas que te colocam em pedestais cada vez mais altos,
nem tua música, nem teu sorriso, nem tua mãe,
e, tão doloridamente, nem esse meu maldito apego às lembranças.
nem Deus te faria sagrado, meu querido.
nem o manto inquebrável que joguei sobre você,
nem tua cidade,
nem essa roda de pessoas que te colocam em pedestais cada vez mais altos,
nem tua música, nem teu sorriso, nem tua mãe,
e, tão doloridamente, nem esse meu maldito apego às lembranças.
nem Deus te faria sagrado, meu querido.
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