em pé dentro do ônibus lotado, vou da moóca até a praça da sé pensando, n'um devaneio passageiro, em quantas oportunidades de sangue correndo pelas veias perdi. sinto os fios de cabelo grudando na nuca e o suor molhando a parte de dentro da manga da minha blusa. uma cidade grande demais para distâncias grandes demais em um mundo grande demais; e eu com minhas pulsões de vida no meio tão descontrolado de todas essas avenidas. são paulo. são. paulo. são. paulo. são. paulo. pulsando no meu peito quente e abafado como impulsos de uma espera que não me cabe mais.
auto destruição não é um desejo de morte, mas de ar inflando o corpo. quem se joga de cima de um prédio não quer o fim, quer um novo começo.
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